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Sobrinho de Cachoeira irá presidir Camara de Anapólis

Do Goias 247

 

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O vereador Fernando Cunha (PSDB), sobrinho do contraventos Carlinhos Cachoeira, assumiu a presidência da Câmara Municipal de Anápolis. Com ele, foram empossados Pedro Mariano (PP) como vice e Mauro Severiano (PDT) como primeiro secretário. Os três assumiram as funções na Mesa Diretora após o afastamento de Amilton Batista (PTB) e Wesley Silva (PMDB), presidente e vice da Casa, respectivamente.

Ao assumir o comando do Legislativo municipal, Fernando Cunha disse que os trabalhos seguirão dentro da normalidade e fez questão de lembrar que sua gestão será curta, afinal, além de o presidente e o vice suspensos ainda podem entrar com recurso contra seu afastamento, no próximo dia 2 de janeiro haverá nova eleição para a composição da Mesa Diretora, em virtude das eleições deste ano, assim como em todo o país.

O afastamento de Amilton e de Wesley se deu por conta dos desdobramentos da Operação La Plata, deflagrada em 7 de agosto após apuração do Ministério Público de Goiás (MP-GO) que descobriu a atuação de uma organização criminosa em Anápolis para a prática de corrupção ativa, passiva, peculato e vários outros crimes ambientais cometidos por funcionários do Executivo municipal, do Poder Legislativo municipal e por empresários do ramo imobiliário.

Na semana passada, a juíza Ana Cláudia Veloso Magalhães, da 1ª Vara Criminal de Anápolis, acolheu um pedido do promotor Publius Lentulus Alves Rocha, que requeria a suspensão do exercício da função em caráter provisório de investigados da Operação La Plata. Além de Amilton e de Wesley, outros seis servidores municipais e estaduais também foram afastados de seus cargos.

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Sobrinho de Cachoeira é candidato pelo PSDB

do Blog Aposentado Invocado.

 

 

Fernando Cunha diz que o parentesco com o tio bicheiro ajuda na eleição: “Cachoeira é muito querido aqui”
O vereador Fernando Cunha (PSDB), candidato à reeleição, é sobrinho do bicheiro Carlinhos Cachoeira. Diferentemente de outros, ele diz que a prisão do tio não modifica em absolutamente nada a campanha. “Nunca recebi dinheiro do meu tio para me eleger. Não há nenhuma relação. ” Fernando diz que o fato de ser sobrinho do bicheiro até o ajuda eleitoralmente. “Para mim, é bastante positivo. Cachoeira é muito querido aqui em Anápolis. Pode andar na rua e conversar com as pessoas. O povo gosta muito dele. Não tenho nenhum problema em relação a isso. Muito pelo contrário.”
Ele chegou a visitar o contraventor no Presídio da Papuda. “Estive lá, mas não fui para pedir ajuda. Queria saber como ele estava. Apenas isso”, ressaltou. Antes de encerrar a entrevista, Cunha mostra seu material de campanha. “Meus adesivos de carro já estão prontos”, diz, animado.
Ao contrário de Fernando, o candidato a vereador Gielson Barbosa, também do PSDB, pena atrás de empresários para conseguir confeccionar ao menos alguns santinhos. “A situação está muito complicada. Até agora, não consegui um centavo sequer. Quase todo mundo aqui se encontra na mesma situação. Todo dia, tento captar recursos, mas, com essa história do Cachoeira, os empresários correm da gente.”
O maior termômetro da crise da campanha em Anápolis são as gráficas. Há 38 anos atuando no ramo, o empresário Lázaro Lourenço, dono da Executiva, diz que, até o momento, só rodou material de quatro vereadores. “A procura caiu demais. Fiz quase nada. Aqui, existem mais de 500 candidatos a vereador e eu só rodei esse pouquinho”, salientou. Ele prefere não relacionar a baixa procura à prisão de Cachoeira. O principal concorrente de Lázaro ainda não produziu absolutamente nenhum material de campanha. “Aqui, não chegou nada, nada. Não há nenhum pedido. Estão todos sem dinheiro”, atesta o gerente da Gráfica Garcia, que se identificou apenas como Jair.
Propaganda nas ruas

Durante mais de cinco horas rodando na cidade, a reportagem do Correio só conseguiu encontrar um carro de som fazendo propaganda política. “Trabalho com isso há muito tempo. Aqui, nesta época, havia mais de 80 carros rodando na cidade. Agora, só há três. O que ocorreu? A torneira fechou. Cachoeira está preso. O dinheiro não aparece. Depois desse escândalo todo, você acha que os empresários vão se arriscar?”, questiona o motorista, que não quis se identificar.
Um assessor parlamentar revelou que, durante outras campanhas, o dinheiro repassado aos cabos eleitorais era pago em espécie todos os dias. “Os comitês ficavam cheios. O pessoal chegava lá e recebia na hora. Era uma festa. Agora, não existe nem movimento. Pode rodar a cidade inteira que não vai encontrar ninguém segurando uma bandeira.” (JV)

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